Wednesday, January 24, 2007

Kirchner (1880-1938)

Foi um dos fundadores do grupo de pintura expressionista Die Brücke. Influenciado pelo cubismo e fauvismo, o pintor alemão deu formas geométricas às cores e despojou-as da sua função decorativa por meio de contrastes agressivos, com o fim de manifestar a sua verdadeira visão da realidade. Tendo concluído os seus estudos de arquitectura na cidade de Dresden, Kirchner continuou a sua formação na cidade de Munique.
Pouco tempo depois reuniu-se com os pintores Heckel e Schmidt-Rottluf em Berlim, com os quais, motivados pela leitura de Nietzsche, fundou o grupo Die Brücke (A Ponte, numa referência à frase do escritor: “...a ponte que conduz ao super-homem”). Veio então a época em que os pintores se reuniam numa casa de veraneio
em Moritzburg e se dedicavam apenas ao que mais lhes interessava: pintar. Dessa época são os quadros mais ousados de paisagens e nus, bem como cenas circenses e de variedades. Em 1914 Kirchner foi convocado para a guerra, e um ano depois tentou o suicídio. Quando as suas mãos se recuperaram do ferimento, voltou a pintar ao ar livre, na sua casa ao pé dos Alpes. Quando finalmente a sua contribuição para a arte alemã foi reconhecida, foi nomeado membro da academia de Berlim, em 1931, para seis anos mais tarde, durante o
nazismo, ver a sua obra ser destruída e desprestigiada pelos órgãos de censura. Kirchner tentou mostrar em toda a sua produção pictórica uma realidade de pesadelo e decadência. Sensivelmente influenciado pelos desastres da guerra, os seus quadros transformaram-se num amontoado neurótico de cores contrastantes e agressivas, produto de uma profunda tristeza. No final de 1938 o pintor pôs fim à própria vida. As suas obras mais importantes estão dispersas pelos museus de arte moderna mais importantes da Alemanha.














Fontes:
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